FRASE DA SEMANA

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

(Fernando Pessoa)

domingo, 18 de agosto de 2013

OPINIÃO



Comentário ao artigo

“Saúde Pública
                     Dividindo Responsabilidades”


Pela primeira vez, você me surpreende positivamente com um uma palavra sensata quanto ao julgamento e responsabilidades sérias, evidenciando aonde se encontram as grandes questões da pobreza de gestão da coisa pública. É ignorância e/ou má fé atribuir tudo o que de ruim existe neste nosso Brasil, ao nosso máximo mandatário e ao PT. O grande fosso está, como bem o disseste, na ponta: nos Municípios.
Já cansamos de escrever que uma das grandes mazelas deste país é a sua multiplicação de municípios. Neles se situam os nascedouros de todos os políticos. Numa pesquisa realizada uns poucos anos atrás constatamos que 68% dos municípios não possuem qualquer condição de existência própria. Eles somente funcionam graças aos recursos oriundos do governo federal, dos quais apenas 10% são aplicados em ações pró-população. E onde vão parar os outros 90%?
Essa é uma pergunta bem fácil de responder. É só responder à questão do desfecho do seu texto. "Alguém tomou conhecimento de algum prefeito que tenha saído empobrecido de uma gestão?” Ora! Os que decidem pelos destinos do país não saíram dos municípios? É lá que eles se iniciam como grandes peritos da corrupção, tendo como responsáveis pela afoiteza de todos os seus atos, a comprometida conivência do poder judiciário com a respectiva omissão de sua comunidade populacional.
Exemplo: Marechal Deodoro, com 50.000 habitantes, tem como gente séria e preocupada com os desmandos de seus executivos "meia dúzia de gatos pingados" que tem se desdobrado ao longo dos últimos 12 anos em levantamentos e denúncias levadas ao conhecimento de todos os órgãos possíveis e inimagináveis tanto fiscalizadores quanto judiciários. E qual o resultado? "Zero".

Aristides Arrais

O que falta na saúde

Muito tem se falado da saúde. Ela está agonizando, de insuficiência respiratória junto a muitos pacientes que de seus serviços necessitam porque não existe laringoscópio, nem tubo e muito menos respirador? De sepse já se foram inúmeros pela falta de antibiótico e isolamento. Mas às vezes falta até luva e fio para fazer uma sutura e se perde mais uma vida por hemorragia.
Em outro lado sabemos que as pessoas adoecem pela fome, pela sede, pela falta de saneamento e educação e ao precisar dos hospitais o fazem com as suas frustrações, medos, incertezas, mas com muita esperança de uma resposta para todo o seu sofrimento.
Como já tem sido dito e redito: o que falta mesmo não é médico, mas a estrutura, o interesse e a vergonha na cara... de quem? Tirem suas conclusões.

Justiça social

Visivelmente atônita, a presidente parece estar perdendo as rédeas que a princípio demonstrara ter nas mãos e manuseando-as com vigor.
Depois dos protestos que se iniciaram sem o comando de partidos políticos, de órgãos de classe ou mesmo organizações não governamentais, o governo federal aparentemente continua sem apresentar nenhum projeto objetivo, concreto e eficaz que vislumbre uma mudança social autossustentável.
Não acreditamos em falta de competência, mas sim numa pressão insana e antropofágica da "base aliada" por cargos, por liberação de emendas parlamentares e outros mimos, minando o que possa restar de autoridade da presidente.
Os sindicatos, base de lutas do projeto de governo, estão hoje sob o poder de uma burguesia sindical sem obrigações de prestar contas de seus gastos. O fato não é exceção por ser no Brasil. A tão propalada igualdade social é uma utopia em todo mundo ou um engodo engendrado pelo sistema socialista para ter credibilidade junto ao povo. Senão, como conseguir igualdade senão estando no comando. E para estar no comando é necessário se encontrar no alto, com poder e potencial. E em lá chegando, precisa se manter para dar continuidade ao projeto de igualdade. Para se manter se faz imprescindível se colocar em evidência com riqueza e poder. E é justamente aí que se estabelece a burguesia governista, ou seja, a desigualdade de quem está no poder, alheio à justiça social.

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