Comentário ao artigo
“Saúde Pública
Dividindo Responsabilidades”
Dividindo Responsabilidades”
Pela primeira vez, você
me surpreende positivamente com um uma palavra sensata quanto ao julgamento e
responsabilidades sérias, evidenciando aonde se encontram as grandes questões
da pobreza de gestão da coisa pública. É ignorância e/ou má fé atribuir tudo o
que de ruim existe neste nosso Brasil, ao nosso máximo mandatário e ao PT.
O grande fosso está, como bem o disseste, na ponta: nos Municípios.
Já cansamos de escrever que
uma das grandes mazelas deste país é a sua multiplicação de municípios.
Neles se situam os nascedouros de todos os políticos. Numa pesquisa
realizada uns poucos anos atrás constatamos que 68% dos municípios
não possuem qualquer condição de existência própria. Eles somente funcionam
graças aos recursos oriundos do governo federal, dos quais apenas 10% são
aplicados em ações pró-população. E onde vão parar os outros 90%?
Essa é uma pergunta bem fácil
de responder. É só responder à questão do desfecho do seu
texto. "Alguém tomou conhecimento de algum prefeito que tenha saído empobrecido
de uma gestão?” Ora! Os que decidem pelos destinos do país não saíram dos
municípios? É lá que eles se iniciam como grandes peritos da corrupção, tendo
como responsáveis pela afoiteza de todos os seus atos, a comprometida
conivência do poder judiciário com a respectiva omissão de sua comunidade
populacional.
Exemplo: Marechal Deodoro, com
50.000 habitantes, tem como gente séria e preocupada com os desmandos de seus
executivos "meia dúzia de gatos pingados" que tem se desdobrado
ao longo dos últimos 12 anos em levantamentos e denúncias levadas ao
conhecimento de todos os órgãos possíveis e inimagináveis tanto fiscalizadores
quanto judiciários. E qual o resultado? "Zero".
Aristides Arrais
O que falta na saúde
Muito tem se falado da saúde.
Ela está agonizando, de insuficiência respiratória junto a muitos pacientes que
de seus serviços necessitam porque não existe laringoscópio, nem tubo e muito
menos respirador? De sepse já se foram inúmeros pela falta de antibiótico e isolamento.
Mas às vezes falta até luva e fio para fazer uma sutura e se perde mais uma
vida por hemorragia.
Em outro lado sabemos que as
pessoas adoecem pela fome, pela sede, pela falta de saneamento e educação e ao
precisar dos hospitais o fazem com as suas frustrações, medos, incertezas, mas
com muita esperança de uma resposta para todo o seu sofrimento.
Como já tem sido dito e redito: o que falta mesmo não é médico, mas a estrutura, o interesse e a vergonha na cara... de quem? Tirem suas conclusões.
Como já tem sido dito e redito: o que falta mesmo não é médico, mas a estrutura, o interesse e a vergonha na cara... de quem? Tirem suas conclusões.
Justiça social
Visivelmente atônita, a presidente parece estar perdendo as rédeas que a princípio demonstrara ter nas mãos e manuseando-as com vigor.
Depois dos protestos que se iniciaram sem o comando
de partidos políticos, de órgãos de classe ou mesmo organizações não governamentais,
o governo federal aparentemente continua sem apresentar nenhum projeto objetivo, concreto e eficaz que vislumbre uma
mudança social autossustentável.
Não
acreditamos em falta de competência, mas sim numa pressão insana e antropofágica
da "base aliada" por
cargos, por liberação de emendas parlamentares e outros mimos, minando o que
possa restar de autoridade da presidente.
Os
sindicatos, base de lutas do projeto de governo, estão hoje sob o poder de uma
burguesia sindical sem obrigações de prestar contas de seus gastos. O fato não
é exceção por ser no Brasil. A tão propalada igualdade social é uma utopia em
todo mundo ou um engodo engendrado pelo sistema socialista para ter
credibilidade junto ao povo. Senão, como conseguir igualdade senão estando no
comando. E para estar no comando é necessário se encontrar no alto, com poder e
potencial. E em lá chegando, precisa se manter para dar continuidade ao projeto
de igualdade. Para se manter se faz imprescindível se colocar em evidência com
riqueza e poder. E é justamente aí que se estabelece a burguesia governista, ou
seja, a desigualdade de quem está no poder, alheio à justiça social.
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