O que reclamar do governo
Aqui vou tentar relacionar o
que o povo, e eu inclusive, temos a contestar do governo, dos políticos
brasileiros e do sistema administrativo público. É claro que não se pode
generalizar ao se falar em políticos, mas as exceções são tão poucas que podem
ser desconsideradas ou compará-las a uma gota no oceano.
Mesmo assim aqui vai minha
listinha: corrupção, impunidade, falta de educação, excessiva carga de
impostos sem ter nada em troca, ameaça
da volta da inflação, violência urbana, salários insignificantes dos trabalhadores, em especial médicos,
professores e policiais, exorbitantes salário dos políticos, falta de um sistema de saúde digno,
ineficiência do transporte público, sistema
viário ineficiente com obras sem garantia de durabilidade...ufa! Mas tem
mais:... falta de uma oposição ao governo e de vergonha na cara dos governantes,
falta de hospitais equipados dignamente,
superfaturamento e a má qualidade das obras públicas, políticos condenados pela justiça ainda na ativa, políticos
julgados, condenados e ainda livres, falta
de uma reforma política séria, honesta e feita com isenção, prática da
troca de votos por cargos públicos, venda
de votos pela população menos esclarecida, partidos que parecem quadrilhas,
mídia tendenciosa e vendida...
Basta! Vou parar, fiquei sem
fôlego.
Nas
Caladas
Enquanto
a vida continua com todos os problemas a que estamos acostumados, reservadamente
nos recônditos gabinetes do Congresso Nacional, alguns políticos estão fazendo pressão por um pacote de
reformas para tornar a vida de parceiros, não muito comprometidos com a lisura.
Busca mesmo esse grupo tornar a corrupção mais fácil e dificultar que seus
autores sejam punidos pelo Judiciário. A reforma política que se configura a ser proposta está mais para um pacote
de presentes para um político corrupto que a tentativa de soluções para as
questões que afligem o país.
Pelo que se têm notícias neste pacote consta a limitação do poder do Judiciário
nas análises de doações eleitorais e gastos duvidosos e até amplia a participação
de megadoadores nas campanhas eleitorais.
Ainda tem muito mais que vem sendo proposto e o conteúdo contraria tudo aquilo que
os brasileiros almejam. Os deputados estão agindo silenciosa e rapidamente para
que, antes que a opinião pública perceba, as novas regras já passem a vigorar
para as eleições do ano que vem.
Protestos, protestos e mais protestos.
Hoje
se protesta até pela falta de protestos. Basta um transeunte ser banhado pela
lama jogada na passagem de um veículo por uma poça na rua, já vem mais um
protesto. Atrelado a ele o fechamento das vias públicas prejudicando toda uma
população, até aquela que nada tem com o problema. Cobra-se o direito de
protestar, o direito a liberdade de expressão, mas ninguém lembra o direito de
ir e vir do cidadão brasileiro, tão reverenciado e integrante da nossa tão
desprezada Constituição.
O
direito a protesto é um instrumento democrático válido e necessário, mas
precisa que seja pensado com cautela e critérios. Se o problema é com o
prefeito que se impeça o acesso à Prefeitura; se é contra o governo estadual
que interdite a entrada ao Palácio do Governo.
Os
protestos precisam ser racionalizados para que surtam o efeito desejado sem as
nefastas consequências ao cidadão comum nas suas atividades cotidianas. A forma
impetuosa com que vem sendo feito os últimos protestos levam a uma revolta de
grande parcela da população que passam a repudiar as ações e negligenciar as
reivindicações ao invés de apoiá-la.
Além
de tudo ainda é preciso que sejam contidos os ânimos e afastados os violentos
baderneiros que se infiltram com o único intuito de desvirtuar os objetivos
pacíficos. Num protesto pacífico de sem-terra, a exemplo, para que seus
manifestantes estarem portando foices, paus e enxadas, entre outros objetos? É
fundamental que se racionalize, que se organize e que se proteste de cabeça
fria. O ímpeto na decisão de realizar protestos leva o ato a consequências desastrosas
e inócuas.
Paulo
Placido
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