FRASE DA SEMANA

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

DEVANEIOS



O que reclamar do governo

Aqui vou tentar relacionar o que o povo, e eu inclusive, temos a contestar do governo, dos políticos brasileiros e do sistema administrativo público. É claro que não se pode generalizar ao se falar em políticos, mas as exceções são tão poucas que podem ser desconsideradas ou compará-las a uma gota no oceano.
Mesmo assim aqui vai minha listinha: corrupção, impunidade, falta de educação, excessiva carga de impostos sem ter nada em troca, ameaça da volta da inflação, violência urbana, salários insignificantes dos trabalhadores, em especial médicos, professores e policiais, exorbitantes salário dos políticos, falta de um sistema de saúde digno, ineficiência do transporte público, sistema viário ineficiente com obras sem garantia de durabilidade...ufa! Mas tem mais:... falta de uma oposição ao governo e de vergonha na cara dos governantes, falta de hospitais equipados dignamente, superfaturamento e a má qualidade das obras públicas, políticos condenados pela justiça ainda na ativa, políticos julgados, condenados e ainda livres, falta de uma reforma política séria, honesta e feita com isenção, prática da troca de votos por cargos públicos, venda de votos pela população menos esclarecida, partidos que parecem quadrilhas, mídia tendenciosa e vendida...
Basta! Vou parar, fiquei sem fôlego.


Nas Caladas
Enquanto a vida continua com todos os problemas a que estamos acostumados, reservadamente nos recônditos gabinetes do Congresso Nacional, alguns políticos estão fazendo pressão por um pacote de reformas para tornar a vida de parceiros, não muito comprometidos com a lisura. Busca mesmo esse grupo tornar a corrupção mais fácil e dificultar que seus autores sejam punidos pelo Judiciário. A reforma política que se configura a ser proposta está mais para um pacote de presentes para um político corrupto que a tentativa de soluções para as questões que afligem o país. Pelo que se têm notícias neste pacote consta a limitação do poder do Judiciário nas análises de doações eleitorais e gastos duvidosos e até amplia a participação de megadoadores nas campanhas eleitorais. Ainda tem muito mais que vem sendo proposto e o conteúdo contraria tudo aquilo que os brasileiros almejam. Os deputados estão agindo silenciosa e rapidamente para que, antes que a opinião pública perceba, as novas regras já passem a vigorar para as eleições do ano que vem.
Protestos, protestos e mais protestos.

Hoje se protesta até pela falta de protestos. Basta um transeunte ser banhado pela lama jogada na passagem de um veículo por uma poça na rua, já vem mais um protesto. Atrelado a ele o fechamento das vias públicas prejudicando toda uma população, até aquela que nada tem com o problema. Cobra-se o direito de protestar, o direito a liberdade de expressão, mas ninguém lembra o direito de ir e vir do cidadão brasileiro, tão reverenciado e integrante da nossa tão desprezada Constituição.
O direito a protesto é um instrumento democrático válido e necessário, mas precisa que seja pensado com cautela e critérios. Se o problema é com o prefeito que se impeça o acesso à Prefeitura; se é contra o governo estadual que interdite a entrada ao Palácio do Governo.
Os protestos precisam ser racionalizados para que surtam o efeito desejado sem as nefastas consequências ao cidadão comum nas suas atividades cotidianas. A forma impetuosa com que vem sendo feito os últimos protestos levam a uma revolta de grande parcela da população que passam a repudiar as ações e negligenciar as reivindicações ao invés de apoiá-la.
Além de tudo ainda é preciso que sejam contidos os ânimos e afastados os violentos baderneiros que se infiltram com o único intuito de desvirtuar os objetivos pacíficos. Num protesto pacífico de sem-terra, a exemplo, para que seus manifestantes estarem portando foices, paus e enxadas, entre outros objetos? É fundamental que se racionalize, que se organize e que se proteste de cabeça fria. O ímpeto na decisão de realizar protestos leva o ato a consequências desastrosas e inócuas.
Paulo Placido

Nenhum comentário:

Postar um comentário