Violência
Marechal Deodoro vive um clima de grande pânico em função de elevado índice de violência. As estatísticas de homicídios, roubos, assaltos, entres outros crimes estão num patamar alarmante. Entre os marginais que atuam e os viciados, futuros bandidos em potencial, registram-se idades cada vez menores. São menores de cerca de doze anos, crianças que poderiam estar desenvolvendo atividades bem construtivas e benéficas, envolvidos no tráfico de drogas.
O povo clama por segurança. Os pais ainda conscientes de sua condição de educador sentem-se incompetentes para lutar contra o assédio constantes dos traficantes que buscam nos mais jovens os futuros dependentes e parceiros. A situação é funesta para um povo que até bem pouco tempo atrás vivia a tranqüilidade de uma cidade pequena e ordeira.
O que fazer? Colocar polícia nas ruas não é a solução. É sim um paliativo que visa minorar as conseqüências da situação atual, mas não resolve o problema em definitivo. Além do mais os policiais enfrentam hoje uma série de restrições - parcos salários, falta de equipamentos eficientes e as conseqüências de desmedidos defensores de direitos humanos só apontando problemas na polícia. Os policiais que arriscam diariamente suas vidas, perdem o necessário estímulo para exercer com a máxima eficiência a sua missão.
O que fazer? Os estabelecimentos prisionais também não comportam mais a avalanche de presos diuturnamente, forma de retirar das ruas elementos daninhos à sociedade. Mesmo que a polícia assim proceda, logo os bandidos são soltos pela inoperância de um judiciário que também vive assoberbado de serviços e sem o competente respaldo para manter esses elementos fora de circulação.
O que fazer? O exemplo de outros países, e sem precisar a recorrer ao chamado primeiro mundo, que usaram a educação como meta prioritária de seus governos, nos dá a saída para mudar esse quadro. É certo que a mudança não seria imediata e talvez nem em médio prazo. Mas para mudar, mesmo que seja para nossos descendentes é preciso que os homens públicos, dirigentes, legisladores e juristas se unam em busca de exigir que a educação passe a ser uma das mais importantes metas, não só para Marechal Deodoro, mas para todo o Brasil.
O que fazer? A existência de escolas com profissionais competentes e recursos modernos que sirvam de suporte didático, uma educação que extrapole o beabá e os quadros de giz, a permanência das crianças em tempo integral na escola unindo os ensinamentos curriculares atuais a aulas profissionalizantes, esportes e uma alimentação saudável e constante pode ser a saída. É preciso que os homens públicos parem de administrar pensando só nos votos e assumindo atitudes meramente eleitoreiras. Quando não usam da improbidade administrativa e o enriquecimento ilícito como objetivos maiores de suas gestões.
E, mesmo diante de tudo, como fazer? Sabendo votar. Não votar pelos beneficiamentos pessoais e imediatos e nem como agradecimento ou mera amizade, mas buscando nos candidatos a necessária competência e o comprometimento com a causa pública.
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