A Dinâmica da Politicagem
Várias personalidades, escolhidas a dedo pelo estrago que possam causar ao movimento de oposição e dar sustentabilidade a desgastada gestão pública atual, estão sendo convidadas para engrossarem as fileiras dos adeptos a Cristiano Matheus. Os convites têm sido dirigidos, ora por aliados no legislativo, ora por parceiros no executivo. O que pode ser observado com certa clareza é o loteamento dos inúmeros cargos (ditos de confiança) que foram criados para se somarem aos volumosos já existentes na prefeitura deodorense. Os que podem corroborar com as manobras arquitetadas pelo prefeito são agraciados com um quinhão dos cargos ou outros compensatórios. Com isso o prefeito se mantém firme no cargo, aprova a LDO e de quebra tem as chances aumentadas da continuidade em novo mandato, que pode até, caso aprovada nova mudança das datas para a realização de eleições futuras, vir a ser de seis anos.
O vereador Juscelino foi um dos que, por sua fraqueza, caiu do pedestal de onde enchia a boca para criticar o prefeito, antes cheio de defeitos e péssimo administrador. Juscelino, que se dizia invendível e que não tinha preço nenhum que o comprasse, pois ele era um HOMEM, agora “deu marcha ré”, segundo muitos de seus próprios eleitores. A sua justificativa para a surpreendente retroação está sendo a execução de diversos projetos por ele apresentados para o desenvolvimento do município de Marechal Deodoro, entre eles o calçamento do povoado Tuquanduba. A grande verdade, segundo o próprio vereador teria confidenciado a amigos íntimos, sua inesperada mudança foi em função de 180 mil razões dadas pelo prefeito Matheus, reforçadas pelo Delegado Abelardo e apoiadas pelo grande mentor Euclydes Mello.
Observam alguns que foi um “passe” caro, mas poderia se justificar em função de estar valendo o salvo conduto do prefeito para movimentar algo em torno de 140 milhões em um ano com a certeza de aprovação integral da LDO, sem as emendas que há poucos dias atrás o mesmo Juscelino pretendia apresentar. Diante de uma quantia tão vultosa, o valor que Juscelino anda apregoando ter negociado passa a ser irrisório.
Tudo na vida tem um custo. Esse é o jogo do poder que prenuncia a geração de uma conta incalculável que deixa a população deodorense mais a míngua que o habitual. Segundo levantamento feito recentemente por outra pessoa recém convidada de Matheus, a situação do setor público no município deodorense está se configurando numa catástrofe de proporções alarmantes para os munícipes. Ou seja, deixa-se de propiciar melhorias à saúde, educação, segurança, infra-estrutura e tudo mais que os eleitores deodorenses precisam, para fomentar uma sede de poder desmedida. Mas como o povo ainda se deixa iludir com facilidade, a proximidade das eleições gera a expectativa de mais um dinheirinho extra que só servirá para a cachaça do dia.
A miséria do povo alienado e sem formação ética e política continua alimentando a ganância dos poderosos.
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