O que é isso?
Aqui está um
texto com palavras que têm mais de 40 anos e que se usavam até bem pouco tempo,
mas pelo desuso muita gente não sabe seus significados:
“Aquele abilolado
está namorando uma gasguita
que tem os cambitos mais
finos que canela de sabiá.
Para adentrarmos
ao colégio, tínhamos que fazer uma abreugrafia, só que o aparelho estava atrás de um biombo.
Os bangalôs, eram arrodeadas de alpendres; nas salas, além do sumier, sempre tínhamos uma cristaleira enfeitada com biscuit e
uma vitrola elétrica, para tocar disco.
Na copa, a petisqueira
guardava bolos e o lambedor
que substituía qualquer cachete.
No quarto, junto ao criado-mudo,
ficava o urinol; e,
em cima, a quartinha,
com água.
Os danados petizes eram chamados de azougue e quase sempre faziam
arte,
e acabavam com uma pereba
que virava uma tuita;
além de uns croques, cascudos ou cocorotes, os danados ficavam de castigo, sem direito a fita da matinal no cinema, nem ao
sorvete no carlito.
As mães faziam
penteados com laquê,
presos com biliro ou invisível, que é a mesma coisa, e
colocavam um belo diadema;
as moçoilas usavam corpetes, saieta e porta-seios.
O chofer ao dirigir usava um casquete na cabeça e evitava os catabis e não dava bigu a desconhecido. A boléia era limpa com o tabelier lustrando. Quando viajava,
usava a marcha prise
e tomava cuidado ao dar riêr;
a rodagem era verificada e caso furar
um dos pneus, usaria o suporte.
Aos
recém-nascidos, os chiquitos
de presente e aos mais abastados
presenteados com trancelim
de ouro.
As lojas
sempre mandavam cromos,
para distribuir com seus fregueses.
Os homens mantinham
a liberdade do cabelo no meio ou de
lado e evitavam sentir-se mal, ou ter um farnesim.
O bom era escrever
uma missiva para alguém, mas palavras chulas não se permitia usar: "Vá prá baixa da égua, filho de uma mãe", "Você parece um três vezes
oito", "Fruviôco" e "Fiofó" eram o extremo.
E se a buchada
não estava bem lavada, subia aquele pituim
e provocava ânsia de vômito, podendo fazer quem a cheirava lançar logo. Aí se podia fazer
ponche de maracujá usando a urupema.”
Com base no texto de MÁRIO ALBERTO DE
P. DE PAIVA
'Certo que só beiço de bode',
ResponderExcluir'Seu mininu' !!!