FRASE DA SEMANA

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

CURIOSIDADE


O que é isso?


Aqui está um texto com palavras que têm mais de 40 anos e que se usavam até bem pouco tempo, mas pelo desuso muita gente não sabe seus significados:

“Aquele abilolado está namorando uma gasguita que tem os cambitos mais finos que canela de sabiá. 
Para adentrarmos ao colégio, tínhamos que fazer uma abreugrafia, só que o aparelho estava atrás de um biombo.
Os bangalôs, eram arrodeadas de alpendres; nas salas, além do sumier, sempre tínhamos uma cristaleira enfeitada com biscuit e uma vitrola elétrica, para tocar disco. Na copa, a petisqueira guardava bolos e o lambedor que substituía qualquer cachete. No quarto, junto ao criado-mudo, ficava o urinol; e, em cima, a quartinha, com água.
Os danados petizes eram chamados de azougue e quase sempre faziam arte, e acabavam com uma pereba que virava uma tuita; além de uns croques, cascudos ou cocorotes, os danados ficavam de castigo, sem direito a fita da matinal no cinema, nem ao sorvete no carlito.
As mães faziam penteados com laquê, presos com biliro ou invisível, que é a mesma coisa, e colocavam um belo diadema; as moçoilas usavam corpetes, saieta e porta-seios.
O chofer ao dirigir usava um casquete na cabeça e evitava os catabis e não dava bigu a desconhecido.  A boléia era limpa com o tabelier lustrando. Quando viajava, usava a marcha prise e tomava cuidado ao dar riêr; a rodagem era verificada e caso furar um dos pneus, usaria o suporte.
Aos recém-nascidos, os chiquitos de presente e aos mais abastados presenteados com trancelim de ouro.
As lojas sempre mandavam cromos, para distribuir com seus fregueses.
Os homens mantinham a liberdade do cabelo no meio ou de lado e evitavam sentir-se mal, ou ter um farnesim.
O bom era escrever uma missiva para alguém, mas palavras chulas não se permitia usar: "Vá prá baixa da égua, filho de uma mãe", "Você parece um três vezes oito", "Fruviôco" e "Fiofó" eram o extremo.
E se a buchada não estava bem lavada, subia aquele pituim e provocava ânsia de vômito, podendo fazer quem a cheirava lançar logo. Aí se podia fazer ponche de maracujá usando a urupema.”

Com base no texto de MÁRIO ALBERTO DE P. DE PAIVA

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