FRASE DA SEMANA

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

OPINIÃO



IMPORTAÇÃO DE MÉDICOS


Diante da insistência do Governo Federal, a importação de médicos para supostamente resolver os problemas da saúde pública brasileira é irreversível. É sabido que para o médico exercer bem sua humanitária profissão, precisa de hospitais bem aparelhados e ganhar salários compatíveis com a importância do seu trabalho. Não se pode tratar da saúde humana no meio da rua ou debaixo de árvores como se fossem máquinas.
Nada contra os médicos estrangeiros, mas será que eles se identificam com os costumes de nosso povo? Será que terão a empatia necessária para cuidar de nossos doentes com sentimento e alma?
Outra dúvida que tenho é se nossos médicos tivessem as condições necessárias e um salário digno não estariam ocupando as lacunas nos mais longínquos recantos deste nosso Brasil? E por que não investir nos nossos da mesma forma que se está investindo nos médicos estrangeiros? Pelo que temos conhecimento um dos melhores salários pagos pelo SUS é para os médicos do Programa Saúde da Família, onde podem receber de R$ 5 mil a R$ 7 mil aproximadamente. Já em os salários dos médicos da rede pública do Distrito Federal, um dos melhores do país, estavam programados para serem reajustado para um piso salarial de R$ 7.838,57 e o teto R$ 12.672,95. Outro parâmetro que temos é a diferença entre os médicos que atendem por convênio com um salário médio R$ 42 por consulta (dados de 2007), enquanto um médico do SUS ganha R$ 10 pela consulta. Talvez esteja aí o porquê do médico brasileiro não aceitar trabalhar no interior.
Paulo Placido


OPINIÃO

Espionagem americana: uma operação brother sam às avessas
Mais assustador que as revelações da espionagem é testemunhar a patética vontade do governo de desviar a fúria da sociedade para os lados de Washington.
A repercussão no Brasil da espionagem americana, exatamente agora no meio da rebelião dos brasileiros, parece uma versão pós-moderna da Operação Brother Sam, de 1964. Só que pelo avesso: acontece para salvar o governo. O Chico Caruso matou a charada: vamos finalmente declarar guerra aos EUA. A história também se repete como tragicomédia.
Mais assustador que tomar conhecimento das revelações de Edward Snowden e dos jornalistas que decodificam e compartilham aqui as informações, confirmando o que já sabíamos – somos espionados 24 horas por dia, em todos os lugares, por governos e corporações – é testemunhar o protesto faz de conta do governo Dilma e a patética vontade de desviar a fúria da sociedade para os lados de Washington.
Caramba! Cadê a arapongagem de Brasília? Nunca desconfiaram da espionagem americana? E da chinesa? E dos outros? Será que só se preocupam em bisbilhotar os brasileiros de quem o governo não gosta?
Dando uma espiada no site da ABIN, a gente fica sabendo que a nossa agência de inteligência tem as seguintes atribuições pagas pela sociedade:
1- INTELIGÊNCIA: Por meio da produção de conhecimentos sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência no processo decisório e na ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.
2- CONTRA-INTELIGÊNCIA: Pela adoção de medidas que protejam os assuntos sigilosos relevantes para o Estado e a sociedade e que neutralizem ações de Inteligência executadas em benefício de interesses estrangeiros.
Para quem não sabe ou não se lembra, a Operação Brother Sam foi o deslocamento pelos Estados Unidos de sua Frota do Caribe para a costa brasileira para apoiar o golpe civil-militar que derrubou o Governo Jango. O objetivo era assegurar a invasão do Brasil por forças americanas se houvesse resistência ao golpe.
Altamir Tojal

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