Zegota (Resgate)
Espero que, antes de minha
partida, eu possa vislumbrar pessoas que se preocupem em passar para as
gerações futuras conceitos de uma consciência social séria, objetiva, e isenta
do exibicionismo visionário que impera nos dias atuais. Seria de extrema
utilidade que se exemplificassem nos lares, nas escolas e nas conversas despretensiosas,
atitudes de pessoas como a de Irena
Sendler. Talvez assim agindo, em algum tempo poderíamos ter uma geração mais
sensível, humana e determinada nos reais direitos humanos. Direitos aos humanos
que mereçam respeito e não apenas a bandidos que mereciam a pena de morte. Dando
exemplos como da Irena, quem sabe, poderemos formar uma consciência humana...
de fato!
Paulo Placido
Irena Sendler (em polaco:
Irena Sendlerowa) (15 de fevereiro de 1910 - 12 de maio de 2008), também
conhecida como "O Anjo do Gueto de Varsóvia," foi uma ativista católica
dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial, tendo contribuído para
salvar mais de 2.500 vidas ao conseguir que várias famílias cristãs escondessem
filhos de judeus no seio do seu lar e ao levar alimentos, roupas e medicamentos
às pessoas barricadas no gueto, com risco da própria vida.
Também levava na parte de trás da camioneta um cão, adestrado para ladrar aos soldados nazistas. O ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto pôde manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.
Por fim os nazis apanharam-na e souberam dessas atividades e em 20 de Outubro de 1943 Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisãode Pawiak, onde foi brutalmente torturada.
Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Já recuperada foi, no entanto, condenada à morte.
Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, ele gritou-lhe em polaco: "Corra!".
Esperando ser baleada pelas costas, Irena, contudo, correu por uma porta lateral e fugiu, escondendo-se até ter certeza de que não fora seguida. No dia seguinte, encontrou o seu nome na lista de polacos executados que os alemães publicavam nos jornais.
Os membros da organização Żegota("Resgate") tinham conseguido deter a execução de Irena, subornando os alemães e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.
Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, e depois da guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais, ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.
Em 2006 foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz, mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por sua campanha sobre o Aquecimento Global.
Não é justo que a atitude desta Senhora seja esquecida!
Tudo que fizermos para isto será também em memória aos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos (inclusive 1.900 sacerdotes católicos ), 500 mil ciganos, centenas de milhares de socialistas, comunistas e democratas e milhares de deficientes físicos e mentais que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados, enquanto povos do restante do mundo muitas vezes olhando para o outro lado.
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