Não parem!
O que mais se ouvia era o “sem violência”.
Mas assim mesmo alguém tentou colocar fogo numa faixa na parte superior de uma loja. Outros atiravam pedras nas vitrines.
Parte dos integrantes da marcha se lançava contra os exaltados. Outros depredadores foram contidos. Toda vez que alguém tentava depredar algo os manifestantes buscavam expor os destruidores, bradando um “sem violência”. Era o que podiam fazer diante da fúria revelada nos atos insanos de uma minoria. E só com a chegada da polícia, limitada pelos limites dos direitos humanos, se conseguia reduzir os maléficos efeitos do vandalismo.
A causa é justa, os manifestantes pacíficos, mas a destruição tem sido uma marca em toda esta onda de exposição do descontentamento popular reinante no país. Quem são os componentes desses grupos que escondidos por trás de suas máscaras, portando bombas incendiárias caseiras, paus e pedras, se fazem presentes em todas as manifestações contra o caos que se instala no Brasil? O que querem esses elementos que parecem estar cada vez mais organizados? Quem se esconde por trás deles?
Alguns foram presos, interrogados,
mas nada se fala sobre suas origens, formações, orientações e pretensões. A quem
também interessa esse silêncio? O que se tem certeza é que estão buscando a
todo custo denegrir um movimento que surge espontaneamente e que vem superando
até o organizado pelas ricas e organizadas centrais sindicais.
Podemos afirmar, no entanto,
que a pressão popular não pode esmorecer agora. Algumas vitórias foram
conquistadas, mas a maior, a mais importante, a decisiva conquista será com uma
reforma política que contenha a ganância, a podridão, o cinismo reinante no
meio político atual. Estes é que são os verdadeiros vândalos que usurpam
descaradamente o povo. Eles cometem crimes hediondos matando mais que o câncer,
que a violência urbana, que o trânsito, que as drogas. Eles aniquilam milhares
ao privar a população de saúde, educação e segurança.
Por esses simples, mas
contundentes fatos é que apelo ao povo brasileiro: NÃO PAREM COM A PRESSÃO.
CONTINUEM NAS RUAS ATÉ QUE NOSSOS POLÍTICOS COMECEM A SENTIR QUE QUANDO O POVO
QUER A MORALIDADE, A DECÊNCIA E A HONESTIDADE PODEM TRIUNFAR.
Paulo Placido
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