Transparência
A pregação da necessidade (exigência) da
administração transparente, em especial no serviço público, é hoje modismo - dá
“IBOPE”. Como o serviço é público, nada mais que justo que seus atos sejam
transparentes e acessíveis a todos. Até porque é sabido os que quem ocupam
cargos públicos são no duro mais empregados que patrões. Estes apenas gerenciam
a vultosa soma, para nós escassa e usurpada em forma de impostos. Afinal se o
dinheiro usado é nosso nada mais que
justo que nos sejam prestados esclarecimentos de seu uso.
O problema é que no nosso país tupiniquim
sempre existem um peso e inúmeras medidas – ou seria o contrário? Na realidade
a transparência nos parece ser exigida apenas para os reles mortais, mas não
cabe aos poderosos. Não cabe ou é exigida principalmente aos que detém os
destinos da nação e de seu povo – os políticos, administradores e julgadores. Mas sim aos comuns habitantes que têm suas contas,
seus negócios e sua vida cada vez mais vasculhada pelo serviço público. Eu
mesmo tive há pouco tempo até meus e-mails devassados, esmiuçados e, sabe-se
lá, divulgados. Privacidade para o homem comum é uma exceção. É obvio que o
cidadão comum deve responsabilidade pelo que faz, pelo que escreve e diz,
especialmente se atinge outra(s) pessoa(s).
Além dos poderosos conseguirem burlar as
leis, muitas vezes criadas repletas de entrelinhas para exatamente possibilitar
brechas, ainda estão, na maioria dos casos, sob o manto protecionista dos magistrados
que encobrem seus processos sob a égide do segredo
de justiça. Aí ninguém sabe do que se trata e a quanta anda o procedimento
investigatório judicial a que eventualmente são submetidos os sortudos
aquinhoados com as benesses das leis.
Infelizmente como no Brasil vigora essa "mentalidade" protecionista que beneficia principalmente os grandes e poderosos suspeitos, muitas injustiças acontecem por "soluções" (leis) imbecis que ao invés de agilizar a defesa da parte lesada, geram mais e mais distorções. E se a sociedade tivesse realmente direito ao acesso à informação, a decantada transparência, poderia cobrar mais eficazmente o cumprimento da lei e a agilização na apuração e julgamento justo dos fatos (obscuros). Infelizmente o que percebemos é o direito de poucos à privacidade, à proteção da sua dita honra, da boa fama e imagem. Seria a evidência da predominância dos fins comerciais até no judiciário?
Infelizmente como no Brasil vigora essa "mentalidade" protecionista que beneficia principalmente os grandes e poderosos suspeitos, muitas injustiças acontecem por "soluções" (leis) imbecis que ao invés de agilizar a defesa da parte lesada, geram mais e mais distorções. E se a sociedade tivesse realmente direito ao acesso à informação, a decantada transparência, poderia cobrar mais eficazmente o cumprimento da lei e a agilização na apuração e julgamento justo dos fatos (obscuros). Infelizmente o que percebemos é o direito de poucos à privacidade, à proteção da sua dita honra, da boa fama e imagem. Seria a evidência da predominância dos fins comerciais até no judiciário?
Paulo Placido
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