FRASE DA SEMANA

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 9 de abril de 2013

ATUALIDADES




MPE DE ALAGOAS DENUNCIA EX-PREFEITA DE PIRANHAS

A ex-prefeita de Piranhas, Mellina Torres Freitas, e outras 12 pessoas foram denunciadas por envolvimento no esquema de fraudes em licitação, peculato e formação de quadrilha que somam quase R$ 16 milhões do Município.
O Gecoc pediu à Justiça a prisão de todos os envolvidos nas fraudes e a
denúncia foi oferecida à 17ª Vara Criminal da Capital na segunda-feira (8).
O Gecoc não realizou operação para prender os acusados porque Melina Freitas, apontada como chefe da quadrilha, tem um salvo conduto em seu favor impedindo-a de ser presa. A 17ª Vara Criminal da Capital analisa se expedirá mandados de prisão contra os demais envolvidos.
Segundo a denúncia Mellina estaria à frente de uma organização criminosa composta por funcionários públicos e uma série de empresas privadas especializadas em praticar ilícitos com o fim de lesar o erário.

Empresas Envolvidas
O Ministério Público Estadual enumerou várias empresas envolvidas no esquema fraudulento: Arquitec – Arquitetura, Engenharia e Construção LTDA; Construtora Terra Nordeste LTDA; Construtora Confiança LTDA; Boa Terra Construções LTDA; Concreto Construções LTDA; Engenharq LTDA; Almeida Construções e Incorporações E.T. LTDA; Construções Ipanema LTDA – EPP e Cunha & Melo LTDA entre os anos de 2009 e 2012.
Mas, segundo o MPE, nesse período, o esquema levou o município a um prejuízo de R$ 15.930.029,33. Os sócios de todas as empresas foram ouvidos pelo Gecoc e negaram quaisquer contratos com a referida Prefeitura.

Prisões
O Gecoc pediu as prisões de todos os denunciados no esquema, porém os nomes dos outros envolvidos não serão divulgados até que saia a decisão sobre o pedido. Ainda na denúncia, o Gecoc pede a condenação da ex-prefeita, por 385 vezes, pelo crime de peculato; 23 vezes, por falsificação de documento particular; 23 vezes pelo ilícito de falsidade ideológica; 28 vezes pelo crime de uso de documentos falsos; 23 vezes por fraude em licitação e ainda pelo ilícito de formação de quadrilha.

Desembargador é Investigado

Por outro lado, o pai da ex-prefeita, desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas, está sendo investigado por um suposto esquema de recebimento de propina para facilitar a aprovação de processos a uma das empresas do esquema da merenda, com atuação em Alagoas. Com ampla influência política em prefeituras do Sertão, ele responde a inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde o ano passado. O processo no STJ corre em segredo de Justiça e a relatora é a ministra Eliana Calmon. O MP paulista encaminhou o “caso Alagoas” para o Ministério Público Estadual. Intercepções telefônicas mostram que um assessor do desembargador, identificado como Morgan, recebeu R$ 400 mil da empresa SP Alimentação supostamente integrante do esquema da merenda em Alagoas.

Sabe-se que outras prefeituras ligadas ao esquema ou praticando táticas ilícitas similares já estão na mira do Ministério Público Estadual e deverão logo aparecer nas manchetes.
A população não perde por esperar. A justiça deverá prevalecer... ao menos agora. Parece que a propalada blindagem começa a ruir...

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