Efeitos do caos
Enquanto o comando conjunto das Forças
Armadas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos elevaram hoje (10/04/2013) o seu
sistema de alerta na Península Coreana em decorrência dos indícios de possíveis
testes com mísseis por parte da Coreia do Norte, vivemos aqui ameaças
consideradas graves e o nível de alerta parece indiferente, inerte. Afinal vivemos no país
do carnaval, do futebol, do samba e da cachaça.
Lá, no Oriente, as ameaças são bombásticas
e os efeitos imediatos. Aqui as ameaças são sutis, até imperceptíveis, mas seus
efeitos são sentidos initerrupta e diariamente.
Lá os efeitos poderão ser sentidos imediata
e drasticamente. Aqui são sentidos em dose homeopáticas e não dá para perceber claramente
sua gravidade.
Lá a morte chega pela explosão e dizima
radical e rapidamente. Aqui ela chega lenta e gradual pelos efeitos da falta de
segurança, da saúde, de assistência social e até de educação. E o que pior,
aqui a morte, a miséria, a insegurança, o desprezo pela vida, a indiferença
pela condição de vida e de tantas outras situações agridem o ser humano - conterrâneo,
compatriota e irmão – e é vista de forma corriqueira, sem o sentimento e sem sua
devida gravidade.
A continuar nesta situação seremos levados
ao caos e a ter que elevar nosso nível de alerta à condição máxima, mesmo que
seus causadores estejam na obscuridade e sob escudos da justiça – órgão que
deveria estar do lado do mais necessitado julgando o que é justo.
Paulo Alencar
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