Ideal Político?
O mundo político no nosso país, com raras e honrosas exceçõ s, é mais um
exemplo da hipocrisia reinante na terra tupiniquim em que vivemos. Fala-se em
projetos sociais, edesenvolvimento, crescimento. Brada-se aos quatro ventos as
medidas para erradicar a fome, a pobreza, a miséria, a violência. Defende-se a
erradicação do analfabetismo, a melhoria do ensino público, a ampliação dos
serviços de saúde, a qualificação do funcionalismo.
No palanque eleitoral promete-se de tudo e muito mais. Entretanto na
prática nada disso se faz e, o que é pior, sequer se pensa em fazer o que seria
a atitude mais nobre e eficiente para dar solução a grande parte dos problemas
do povo brasileiro - respeito e decisão.
A população, alienada politicamente e desiludida pelos descasos com sua
situação, se apega unicamente às migalhas que lhes são oferecidas em períodos
eleitorais ou às esmolas oficiais que lhes repassam a título de ajuda
benemérita do governo em forma de bolsas familiares e cestas alimentícias.
Para um a forma de manter preso o eleitorado que, por não oferecer as
condições para pescar continua dando apenas o peixe. Para o outro, o cidadão
humilde, o sentimento de gratidão representado pelo voto. E assim transcorre,
cada vez mais arraigada, a hipócrita prática de se fazer a política brasileira.
Discurso idealista... Nem pensar. O discurso, cada vez menos utilizado,
é apenas uma forma complementar de ludibriar os incautos eleitores que se dizem
mais sérios e não trocam seus votos por migalhas. O que vale mesmo é o
pagamento da consciência do eleitor no dia da votação.
Paulo Placido
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