Blitz sobre o STF, o MP e a
mídia
Projeto totalitário ameaça o
sistema de “freios e contrapesos” no Brasil
Não vê quem não quer.
O bote no judiciário não foi no tapa, mas segue no sapatinho. A
grita da sociedade atrapalhou a PEC 33, que submete decisões do STF ao
Congresso. Mas ela continua lá, no jogo dos comparsas da tropa de choque e da
tropa do cheque. Enquanto isso, se manobra nos tapetes macios para nomear mais
um ministro do STF dócil ao governo e ao PT. E também para completar os outros
tribunais superiores com mais juízes do mesmo jaez.
A PEC 37, a Lei da Impunidade, que tira poderes de investigação
do Ministério Público continua na ordem do dia. E o controvertido e suspeito
PLC 132, que dá aos delegados de polícia o monopólio das investigações
criminais, está na marca do gol para aprovação no Senado.
Também prossegue a campanha da facção totalitária do PT para
calar o jornalismo crítico, camuflada de “projeto de democratização da mídia”.
Sob o disfarce de combate a monopólios e oligopólios, o que se pretende é
eliminar a resistência à corrupção e cercear o acesso à informação e ao debate
político.
É o que falta para aniquilar o sistema de “freios e contrapesos”,
em sentido amplo, da democracia brasileira.
O resto está dominado: senado, câmara, sindicatos, movimento
estudantil, com a bênção de banqueiros e empreiteiros, o silêncio interessado
de intelectuais e artistas, a bilionária propaganda oficial, os contratos e
patrocínios das estatais, a grana dos bancos oficiais, a truculência da
militância comprada, a manipulação na internet, a subserviência dos blogueiros
de aluguel, a dependência de governadores e prefeitos, a cumplicidade de
organizações sociais, a cooptação de partidos, a fraqueza da oposição, além do
tapetão no sistema eleitoral e das ameaças e restrições às lideranças políticas
emergentes.
E, sobretudo, a omissão da sociedade.
Almir
Tojal
http://www.estemundopossivel.com.br/
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