Palhoção das Pedras

Palhoção do Pov. Pedras                               Foto: conexaovibe.com.br

O prefeito Cristiano quer hoje (depois de dois anos e meio na administração do município sem nada fazer) construir uma quadra de esportes no Povoado Pedras. O vereador Cacau diz que a iniciativa é louvável e que ele vem defendendo o esporte como saída para redução do alto índice de viciados em drogas entre os jovens. Vem, inclusive, cobrando desde que foi eleito, que a prefeitura dedicasse mais atenção para a educação e o esporte como forma de retirar a juventude das ruas, longe da tentação para o vício.

Vereador Cacau

Cacau, da tribuna da Câmara, protestou veementemente da decisão do executivo em função de ser necessário a demolição do “palhoção” que vinha servindo de forma inteiramente satisfatória para o desenvolvimento de atividades culturais e que já fazem parte da tradição do povoado, para se construir uma quadra. “O que não aceito como representante da comunidade da localidade é que para que se tenha um benefício, a população seja forçada a perder outro que foi conseguido a duras penas”. O vereador afirmou ainda que a comunidade católica e a população em geral não concordam com a demolição do palhoção, principalmente diante de tantas áreas desocupadas que podem facilmente ser desapropriadas para este fim.

Por outro lado o vereador Neo, defensor da demolição do palhoção, afirma que o prefeito deverá construir outro “palhoção” para as tradições culturais em outro local. Membros da comunidade acham que uma quadra de esportes ao lado da igreja provocará muito ruído que pode prejudicar a prática da religião que necessita de silêncio e paz para a reflexão e preces.

Será que o Cristiano pretende também construir nova igreja em outro local para não atrapalhar os planos da quadra poliesportiva? - indagou ironicamente um morador da localidade.

“O Vereador Neo quer destruir o palhoção para construir uma Quadra Poliesportiva e usar o fato para sua campanha eleitoral, mas o palhoção fica ao lado da igreja de são João Batista e em frente à escola Silvério Jorge” - afirmou outra moradora acrescentando que vários conselhos comunitários, como o da escola, decidiram não destruir por conta da tradição e por sua utilidade para a escola - “esse é o único espaço de atividades culturais em nossa comunidade e onde podemos usá-lo para vários eventos e não queremos que seja destruído - conclui a moradora em declaração ao conexaovibe.