FRASE DA SEMANA

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

(Fernando Pessoa)

domingo, 24 de fevereiro de 2013


Desaprendendo com os mestres

Observando o caótico trânsito de Maceió começo a perceber que estou num processo de desaprendizado do que julgava, como arquiteto com alguma experiência em sistema viário urbano, conhecer. Nossos “mestres planejadores” urbanos, sejam lá em que órgão público estejam lotados, mas responsáveis pela definição do tráfego da capital, parecem estar na contramão das soluções que poderiam desafogar o tão entravado trânsito.
Não se faz necessário ter profundos conhecimentos para se perceber que uma (ou a maior) causa de engarrafamentos na capital alagoana é a profusão de cruzamentos com semáforos. Um dos exemplos marcantes desta afirmativa é o cruzamento da Avenida Leste-Oeste com o acesso ao Terminal Rodoviário. Logo cedo, no sentido Mangabeira – Farol, o engarrafamento se prolonga além do viaduto do Jacintinho. Motivo: um semáforo em três tempos que retarda o fluxo de veículos sensivelmente. Solução: uma rotatória (ou girador com alguns denominam) poderia, sem grandes obras, eliminar a necessidade de semáforo possibilitando a fluidez do trânsito naquele local. Como este, existem várias outras situações em que soluções de baixo custo e de poucas obras eliminaria a causa dos transtornos reinantes em nossa capital.
Ou seja, mudando a cultura da solução por semáforos e buscando soluções mais simples e criativas de fluxo contínuo, poderíamos certamente ter dias melhores com menos tempo parados nas ruas desnecessariamente. É só colocar a massa cinzenta para funcionar em decorrência da observação in loco das ruas da cidade.

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