Desaprendendo com os mestres
Observando o caótico trânsito de Maceió
começo a perceber que estou num processo de desaprendizado do que julgava, como
arquiteto com alguma experiência em sistema viário urbano, conhecer. Nossos “mestres
planejadores” urbanos, sejam lá em que órgão público estejam lotados, mas responsáveis
pela definição do tráfego da capital, parecem estar na contramão das soluções
que poderiam desafogar o tão entravado trânsito.
Não se faz necessário ter profundos
conhecimentos para se perceber que uma (ou a maior) causa de engarrafamentos na
capital alagoana é a profusão de cruzamentos com semáforos. Um dos exemplos marcantes
desta afirmativa é o cruzamento da Avenida Leste-Oeste com o acesso ao Terminal
Rodoviário. Logo cedo, no sentido Mangabeira – Farol, o engarrafamento se
prolonga além do viaduto do Jacintinho. Motivo: um semáforo em três tempos que
retarda o fluxo de veículos sensivelmente. Solução: uma rotatória (ou girador
com alguns denominam) poderia, sem grandes obras, eliminar a necessidade de
semáforo possibilitando a fluidez do trânsito naquele local. Como este, existem
várias outras situações em que soluções de baixo custo e de poucas obras
eliminaria a causa dos transtornos reinantes em nossa capital.
Ou seja, mudando a cultura da solução por
semáforos e buscando soluções mais simples e criativas de fluxo contínuo,
poderíamos certamente ter dias melhores com menos tempo parados nas ruas
desnecessariamente. É só colocar a massa cinzenta para funcionar em decorrência
da observação in loco das ruas da cidade.
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