AOS MACACOS, BANANAS!
Sendo no sul da Índia ou na África, ainda
existem lugares no mundo onde a caça aos macacos é feita de maneira peculiar e
infalível: com uma gaiola ou um coco.
Quando é uma gaiola, a distância entre as
barras é suficiente para que o macaco possa passar a mão aberta. No caso do
coco, é feito um pequeno orifício no topo, também com tamanho suficiente para
passar apenas a mão aberta de um macaco. Ambos ficam fixos de modo a
não ser possível arrastá-los.
Depois de visualizar uma banana dentro das
armadilhas, o macaco aproxima-se e, desejoso de obter a comida, enfia a mão e
pega o seu objeto de desejo. Mas, assim que ele o segura, verifica que não
consegue extraí-lo de dentro e fica numa luta sem fim tentando algo inútil:
tirar a mão com a banana.
O macaco fica tão focado na busca de conseguir
comida que perde a visão do contexto maior de sentir que aquele problema requer
outra solução! Na realidade, ele está preso porque quer, porém não se dá conta.
Para ser livre novamente, ele só tem que
soltar a banana, mas, literalmente, é incapaz de abrir mão do seu
desejo. Que comportamento estranho! Só mesmo um macaco para agir assim...
Na verdade estas armadilhas retratam muito
situações da vida, em que ficamos agarrados à “coisas”, situações, sentimentos,
emoções, ilusões, e não conseguimos nos libertar delas e ficamos cegos em
relação a nós mesmos nos impedindo de conseguir algo maior que também queremos.
A vida pode vir a ser aquilo que queremos,
mas depende de nos despegarmos de certos desejos.
Será que estamos dispostos a desistir das
“nossas bananas”?
Com base no texto de SUZANE JALES (disponível em http://www.cidadeverde.com/sjales/ )
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