DESPEDIDA
Ao que parece o
final deste ano está marcando minha vida por despedidas. Despedida de
companheiros e amigos que partiram deste plano de vida. Despedida de bens alienados
e que estiveram presentes durante toda minha existência deixando gravadas
indeléveis lembranças. Despedida da profissão que abracei e de cargos que
exerci pela iminência de uma merecida aposentadoria.
Despedida
também de atividades extras, adotadas e levadas a termo por amor ao próximo e à
minha terra. E talvez entre tantas despedidas possivelmente esta é a que mais me
deixará amarguras, por ter sido uma atividade a qual muito me dediquei, que
muito me empenhei e que foi recheada de grandes propósitos. Foram anos de empenho
e serviços prestados ao povo deodorense. Longos dias de doação a uma causa onde
o desenvolvimento socioeconômico de minha cidade era o objetivo maior. Foi pautando
a minha conduta numa linha ética de moralidade e lisura que desempenhei o papel
de formador de opiniões editando um veículo informativo.
Chega a hora de
me despedir de mais uma atividade. O abandono desta atividade está sendo
dolorosa e me faz sentir como se estivesse amputando parte de meu corpo. A
decisão foi difícil, tentada há algum tempo sem arregimentar a necessária
coragem para levá-la a efeito. Mas as decepções por não mais sentir chegar a algum
lugar com esta luta quixotesca me deram alento a levar a efeito a desistência.
Muitas são as
nulidades que triunfam, grande é a prosperidade da
desonra e o crescimento da injustiça corroborando para que se agigantem os
poderes nas mãos dos maus que me conduziram ao desanimo. Por tudo vejo que abracei
uma causa inglória, mas consciente que foi conduzida com a seriedade da independência
e firmeza nos propósitos de buscar justiça a meus conterrâneos.
Sinto-me vencido, mas não prostrado. Saio
do campo de batalha de cabeça erguida com a certeza que lutei, e lutei muito. Posso
não ter usado as armas mais eficientes ou talvez parceiros suficientes para
combater com mais vigor o adversário. Deixo sim o campo de batalha, mas
continuo na retaguarda colocando meus préstimos a serviço dos que deles
necessitarem. Sou deodorense, amo meu povo e acima de tudo abomino a injustiça
social.
Paulo Placido
Paulo Placido
Seu plácido Paulinho, veja bem direitinho
ResponderExcluiro que diz o frontispício, atual, desta
edição do ATUALIDADES, com ênfase para:
"... O que mais preocupa é o silêncio dos
bons.". É muito difícil reunir parceiros
eficientes e suficientes pra combater o
bom combate; a maioria está no campo de
batalhas, apenasmente, pra se locupletar.
Não cabe, como não resta, dúvidas Seu PPA,
"Muitas são as nulidades que triunfam,
grande é a prosperidade da desonra e o
crescimento da injustiça ...". Meus graves
cumprimentos, AA .