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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

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CRÔNICA DA SEMANA

Dias melhores

Uma oposição efetiva e atuante começa a se desenhar em Marechal. Ainda são poucos, é verdade... dois, três ou quatro edis no máximo. Mas o fato é que hoje já percebemos vereadores que se rebelam contra o todo poderoso alcaide (Matheus-PMDB) ou contra suas atitudes desrespeitosas para com o povo e até para com os demais poderes.

Algo novo se configura apontando para um momento imediatamente após à constatação que o atual gestor municipal está perdendo forças. Momento em que o alcaide talvez não seja capaz sequer de lançar um candidato a altura de seus oponentes - Junior e Cacau (PSD), que são apoiados pelo governador Renan Filho (PMDB). A se confirmar esta hipótese, existem grandes possibilidades de que outros representantes do povo venham se unir aos atuais oponentes para não ficarem de fora num futuro próximo. Confiáveis?... é uma incógnita.

Segundo o vereador Jorge Mello, o fato dele, o "blindado", tratar a Câmara com desdém e sequer prestar as devidas informações a quem tem o dever de cobrá-las, pode ter os dias contados. A sua representação contra o "blindado" junto ao Ministério Público Municipal já pode dar alguns sinais de que ele não é tão blindado quanto quer que pensem.

Outros vereadores (o Cacau, a exemplo), já se manifestam e não só contra o prefeito diretamente, mas também contra seus pares, mais especificamente contra a mesa diretora que segue na mesma linha desdenhando os opositores com as mais absurdas irregularidades.

Dias melhores virão... e não serão apenas os sábados, domingos e feriados...

Paulo Placido

CRÔNICAS DA SEMANA - ARQUIVO

06/07/2014

MARÉ ALTA

Copa do mundo no Brasil?... Ó xente!!!

Que apresentações marcantes, a surpreender o mundo! E não é para menos... Que outro país teria a capacidade territorial para apresentar 12 estádios a servir de palco para a consecução de toda a programação dos jogos da copa? Talvez os EUA, a Espanha, a Rússia, a China... Mas quaisquer desses países o que ofereceram? Três ou quatro estádios, no máximo, com apenas um ou outro jogo com lotação completa, a cada semana transcorrida. No nosso Brasil, o oferecido ao mundo, foram grandiosos e multicoloridos espetáculos de futebol em doze cidades diferentes, com as respectivas arenas lotadas!

A esta altura dos acontecimentos, por onde andarão os coveiros da copa? Certamente, já devem ter enfiado o rabo (e a língua) no meio das pernas e sumido! Normalmente a covardia é o apanágio desses insignificantes, mas perversos detratores do país. De qualquer modo, tendo o evento chegado aonde chegou e com as apresentações maravilhosas desta copa, mostrando toda a sua diversidade positiva, não existe mais espaço para quaisquer manifestações de coveiros.

Falando, especificamente da seleção brasileira, em nosso entender ainda não houve um jogo convincente. O time mandado a campo pelo Felipão, tem apresentado falhas que morosamente vem sendo sanadas. Fred, por exemplo, tem sido uma figura apagada. Talvez sua total imobilidade se deva à excessiva concentração do jogo em cima de Neymar. Apesar disso, o Brasil chega as semifinais.

Lamentavelmente, agora com aquele genial jogador fora da copa, é possível que o outro desejado goleador tupiniquim (Fred), desencante... Está na hora! Aliás, para o bem da seleção canarinha, o próximo compromisso será a sua última oportunidade de mostrar a que veio. Não obstante, estamos otimistas. Acreditamos plenamente (até pela ausência de Neymar) que nesta próxima partida acontecerá a melhor apresentação de todo o elenco caseiro. Se cada um der mais dez por cento de si, nós teremos 12 craques em campo... E, uma vez mais vitorioso, o Brasil parte fortalecido para a grande final. O país inteiro torce, com grande e contagiante paixão, por um final feliz: A conquista de mais um título (o hexa) de campeão mundial de futebol.

Mas o Brasil já pode se julgar um vencedor, pelo espetáculo de sua torcida, pela organização e a reconhecida excelência de sua receptiva população.

06.07.2014

A. C. Arrais

O Decreto 8.243/2014

UM “conjunto de barbaridades jurídicas” ou “a instalação da ditadura petista por decreto” segundo o jornalista Reinaldo Azevedo, foram atribuições ao famigerado Decreto 8.243/2014 que foi editado pela Presidência da República em 23/05/14.

Afinal o que é este monstro do Lago Ness? Ao que tudo indica é um instrumento elaborado com base em artigos da Constituição e na Lei nº 10.683. Ou seja, traduzindo ao popular, o Decreto é um conjunto de artigos relacionados à organização da administração pública, os quais estabelecem que o Presidente possa emitir decretos sobre a “organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos”.

Disfarçadamente, com “o objetivo de fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e os movimentos sociais”, na realidade define que o governo federal (gabinete da Presidência, ministérios, universidades públicas) deverão formular seus programas em atenção ao que os tais “mecanismos de participação social” demandarem.

Trocando em miúdos, uma decisão de qualquer um órgão da administração direta e indireta, só se tornará legítima quando houver uma consulta aos tais “mecanismos de participação social” – do contrário, será juridicamente inválida.

A rigor não existe nada de novo, mas o perigo se encontra nas entrelinhas que estão impregnadas de cascas de bananas com o objetivo de inserir os “movimentos sociais” (o MST na formulação de políticas agrárias; o MPL, na de transporte, etc.) na máquina administrativa brasileira. O tal temido Decreto determina ainda que os representantes dos “mecanismos de participação social” sejam “eleitos ou indicados pela sociedade civil”, e que suas atribuições sejam definidas “com consulta prévia à sociedade civil” que são, na prática manipuladas pela gestão pública. E é desta forma que o Decreto permite que os “movimentos sociais” passem a controlar toda a Administração Pública obrigando-a a considerar tais “mecanismos” na formulação de suas políticas.

Atitude inteligente

Parece notória a decisão de uma classe politizada querer mudanças. Não satisfeita com a atual conjuntura político-econômica e social do país, quase metade da população, ou mais, busca derrubar a presidente do Brasil nas próximas eleições em busca de um fato novo. Sabe-se também que não é fácil lutar contra a dinheirama que vem sendo derramada com o pretexto de amenizar, de forma imediata, o problema da miséria, uma evidente aplicação de um programa de esmolas do governo, uma grande arma dos palanques petistas. O que fazer?

Se a oposição ao governo for isenta de paixões e usar do mínimo de inteligência, não é atirando para tudo que é lado, que terá uma boa chance de lutar em pé de igualdade. Pregando o voto em branco ou nulo ou dispersando o voto com candidatos sem expressão, só conseguirão dividir o eleitorado e permitir a perpetuação do PT.

Vejo hoje a ideologia política limitada a uma sopa de letrinhas onde vigoram apenas dois ideais: o da situação e o da oposição, ou como dizem alguns, os que estão usufruindo e os que querem usufruir. Fico nas minhas divagações a conjecturar a possibilidade de ver uma oposição inteligente e desprovida de vaidades. Uma oposição com um ideal único, definido e bem formado. Um ideal de união pelo objetivo comum.

Seria inteligente que as oposições não se digladiassem e se unissem em torno de um nome, satisfatoriamente íntegro e capaz de que, em sendo eleito, aglutinasse as divergências por um país mais humano, justo e progressista.

Paulo Placido

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