Resistência aumenta na sociedade e partidos de oposição vão ao STF.
O adiamento para a próxima semana
da votação do projeto do governo que derruba a meta fiscal de 2014, com a
consequente desmoralização da Lei de Responsabilidade Fiscal, decorreu
da falta de quórum promovida pela própria base do governo.
O Executivo chantageia o Congresso
e a sociedade ameaçando parar obras, suspender pagamentos de
fornecedores, cancelar investimentos, eliminar desonerações, reduzir
investimentos, cortar emendas parlamentares e outras maldades. E ainda
põe na mesa do jogo os nomes dos futuros ministros da área econômica.
Em troca, o PMDB chantageia o
governo exigindo a eleição do líder Eduardo Cunha para a presidência da
Câmara e a nomeação de Henrique Eduardo Alves para o Ministério da
Integração Nacional. E sabe-se lá mais o quê.
É bem provável o acerto entre o
governo e a base neste fim de semana e a chamada Lei do Calote de Dilma
tem grande chance de ser aprovada no dia 2 de dezembro.
Aumenta a resistência contra a
desmoralização da responsabilidade fiscal, conquista da sociedade que é
um dos pilares da credibilidade da política econômica e da gestão
pública no Brasil. É de extrema violência a iniciativa do governo de
derrubar a meta fiscal, impondo a mudança na lei orçamentária para
encobrir o seu descumprimento.
Só restou à oposição levar a
matéria para a Justiça, com um mandado de segurança no STF para
suspender a tramitação e o questionamento da validade da prestação de
contas enviada por Dilma ao Congresso. E a nós resta fazer toda a
pressão possível contra mais este disparate do governo.
ALTAMIR TOJAL |
FRASE DA SEMANA
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
(Fernando Pessoa)
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
OPINIÃO
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