FRASE DA SEMANA

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

OPINIÃO



RIQUEZA E GESTÃO
Muitas vezes a riqueza nas mãos de um mau gestor tende a deteriorar-se, estagnar-se e acabar.  O mesmo acontece com as cabeças pensantes dos nossos atuais gestores públicos que repousam eternamente no travesseiro da indiferença. É grande a dificuldade em que se encontra atualmente o Brasil que, de repente, tornou-se a 6ª nação mais desenvolvida economicamente no mundo. Fica explícita a sensação desagradável de quem ficou rico e não sabe o que fazer com a fortuna. Com o tempo esse descaso torna-se um calo no sapato do novo rico causando-lhe mais dificuldades do que proveito.
Soubemos pela imprensa que somente numa grande cidade norte-americana a infraestrutura aeroportuária dela é maior do que o somatório de todas as existentes nas grandes cidades brasileiras. Este fenômeno negativo atinge a atual realização da copa de futebol prestes a acontecer no nosso país. Todas as nações do planeta que praticam o futebol como o seu esporte preferido temem as dificuldades que certamente encontrarão aqui quando a bola começar a rolar nas doze cidades onde as equipes de vários países vão disputar o maior certame deste esporte.
Numa apreciação isenta e objetiva sabemos que o grande óbice da administração pública do Brasil não é ausência de recursos e, sim, carência de gestão. No atual momento político nacional, onde as ideias e palpites trafegam em grande velocidade nos modernos meios de comunicações, os governantes se preocupam maldosamente em criar cargos e ministérios para agradar os partidos políticos que os apoiam do que arregaçar as mangas e partir para resolver os grandes problemas de carência de infraestrutura que nos afligem. Faltam-nos praticamente tudo nesta controversa encruzilhada. Por exemplo, a grande safra de grãos do Planalto Central deixa de crescer ano a ano por falta de escoamento rápido, barato e moderno. Ainda se usam caminhões e estradas mal conservadas de mão dupla, com mais de 50 anos de uso, para este trabalho que poderia ser feito por ferrovias, rodovias e hidrovias modernas. Somos um país continental que não dispõe de portos marítimos e fluviais, ferrovias e rodovias modernas em todas as direções e, sobretudo, condições aeroportuárias para atender a demanda crescente do nosso desenvolvimento citado em prosa e verso.
Com a lupa do bom senso nas mãos não enxergamos nenhum candidato às próximas eleições presidenciais capaz de desatar esse nó cego da gestão deficiente e da burocracia galopante.
José Batista Pinheiro – Cel Rfm EB

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