RIQUEZA
E GESTÃO
Muitas vezes a
riqueza nas mãos de um mau gestor tende a deteriorar-se, estagnar-se e
acabar. O mesmo acontece com as cabeças pensantes dos nossos atuais
gestores públicos que repousam eternamente no travesseiro da indiferença. É
grande a dificuldade em que se encontra atualmente o Brasil que, de repente,
tornou-se a 6ª nação mais desenvolvida economicamente no mundo. Fica explícita
a sensação desagradável de quem ficou rico e não sabe o que fazer com a
fortuna. Com o tempo esse descaso torna-se um calo no sapato do novo rico
causando-lhe mais dificuldades do que proveito.
Soubemos pela
imprensa que somente numa grande cidade norte-americana a infraestrutura
aeroportuária dela é maior do que o somatório de todas as existentes nas
grandes cidades brasileiras. Este fenômeno negativo atinge a atual realização
da copa de futebol prestes a acontecer no nosso país. Todas as nações do
planeta que praticam o futebol como o seu esporte preferido temem as
dificuldades que certamente encontrarão aqui quando a bola começar a rolar nas
doze cidades onde as equipes de vários países vão disputar o maior certame deste
esporte.
Numa apreciação
isenta e objetiva sabemos que o grande óbice da administração pública do Brasil
não é ausência de recursos e, sim, carência de gestão. No atual momento
político nacional, onde as ideias e palpites trafegam em grande velocidade nos
modernos meios de comunicações, os governantes se preocupam maldosamente em
criar cargos e ministérios para agradar os partidos políticos que os apoiam do
que arregaçar as mangas e partir para resolver os grandes problemas de carência
de infraestrutura que nos afligem. Faltam-nos praticamente tudo nesta
controversa encruzilhada. Por exemplo, a grande safra de grãos do Planalto
Central deixa de crescer ano a ano por falta de escoamento rápido, barato e
moderno. Ainda se usam caminhões e estradas mal conservadas de mão dupla, com
mais de 50 anos de uso, para este trabalho que poderia ser feito por ferrovias,
rodovias e hidrovias modernas. Somos um país continental que não dispõe de
portos marítimos e fluviais, ferrovias e rodovias modernas em todas as direções
e, sobretudo, condições aeroportuárias para atender a demanda crescente do
nosso desenvolvimento citado em prosa e verso.
Com a lupa do bom
senso nas mãos não enxergamos nenhum candidato às próximas eleições
presidenciais capaz de desatar esse nó cego da gestão deficiente e da
burocracia galopante.
José Batista
Pinheiro – Cel Rfm EB
Nenhum comentário:
Postar um comentário