FRASE DA SEMANA

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

(Fernando Pessoa)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

OPINIÃO




                               
Maré Alta

COMPARAÇÕES

(O texto referência foi desenvolvido tendo como base de seus pontos fundamentais, matéria do jornal Extra, edição n° 743 de 25/31.10.2013, páginas 8 e 9, com a seguinte chamada de primeira página: “Promotores se beneficiaram da pilhagem em Piranhas”. A seguir a reportagem apresenta como cabeçalho: “Áreas públicas de Piranhas foram loteadas por ex-prefeita”).

Vamos começar esclarecendo o porquê do título “COMPARAÇÕES” no presente texto: Segundo informação de vereador Cacau, Cristiano Matheus, prefeito de Marechal Deodoro, acaba de enviar à Câmara, projeto de lei a ser referendado pelos edis do município. Por esta lei, se aprovada, o prefeito de Marechal Deodoro, poderá distribuir a seu bel prazer todas as áreas públicas do município. E ele certamente deve ter muita gente a ser agraciada, por relevantes serviços prestados.

A comparação com o exposto abaixo é quase perfeita. Compreensivamente, existiu o cuidado do prefeito do nosso município, não agir em ano eleitoral, objetivando a malversação do patrimônio público. Pelo menos, neste particular, Cristiano Matheus não será enquadrado na lei eleitoral n° 11300. Quanto à consumação do absurdo, tudo dependerá da vergonha dos senhores vereadores, dignos (ou indignos) representantes da população do município de Marechal Deodoro, em vias de pilhagem.

Cognominada como “festa no interior” a matéria do Extra faz uma abordagem envolvendo dois delitos distintos: 1) Áreas públicas loteadas; b) Desvios de recursos públicos.
A respeito das áreas públicas loteadas, a matéria dá-nos conta que a então prefeita, praticamente acabou com todas as áreas públicas do seu município, transferindo-as para as mãos de pessoas físicas e jurídicas com doações claramente suspeitas, embora autorizadas por leis municipais, devidamente aprovadas por comprometidos vereadores, a maioria delas, ao apagar das luzes de dezembro de 2012, último ano do primeiro mandato da questionada prefeita que, candidata a um segundo período, não conseguiu se reeleger.

Pelo levantamento minucioso do jornal, 97 doações de áreas de diversificadas dimensões, isentas de quaisquer ônus fiscais por um período de 10 anos, contemplaram figuras notoriamente conhecidas no município, tais como promotores do Estado, secretários e outros funcionários de estreito relacionamento com a ex-prefeita.  Além destes beneficiários, figuram também como contemplados, uma empresa hoteleira sediada em Aracajú/SE e diversos empresários individuais do ramo de hotelaria, comércio de confecções, restaurante, cosméticos, serviços etc. O somatório de todas as áreas envolvidas,  atinge um número nada desprezível de cerca de 145.000 m².

O jornal menciona ainda, como esclarecimento, que a prefeita infringiu a legislação eleitoral conforme lei 11300 de 10 de maio de 2006 segundo a qual, em ano eleitoral é proibida a distribuição de bens, valores ou quaisquer tipo de benefícios, por parte da Administração Pública.

(Aliás... aproveitando, esta é uma das muitas leis sutis: É o caso de se perguntar: Mas nos outros anos, não eleitorais, as pilhagens podem ser consumadas?)

Quanto ao desvio de recursos públicos, o GECOC, órgão do Ministério Público Estadual, divulgou em abril do corrente ano, o resultado de uma sua investigação apontando aquela ex-prefeita como chefe de uma quadrilha em que figuram outras 12 pessoas, que desviou cerca de 16 milhões de reais dos cofres do respectivo município. Alguns dos envolvidos na formação da quadrilha foram beneficiados com a distribuição de áreas públicas. Certamente os presenteados com a doação das terras, foram gratificados pelos serviços prestados direta ou indiretamente, no desvio dos 16 milhões de reais.

Em tempo: A ex-prefeita envolvida é Mellina Torres Freitas, ex-esposa do prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus.
O grupo é bem sintonizado em seus propósitos!

Arico Siarra



sábado, 2 de novembro de 2013





Alerta
          Mais um alerta que Paulino Lopes faz aos deodorenses: todos devem refletir bastante no processo de escolha de seus futuros candidatos, principalmente para o cargo de prefeito. Ele aponta os estragos que a administração dos “forasteiros” causou em Marechal Deodoro, como o atraso social do município, a baixa qualidade da educação, a ineficiência no atendimento da saúde pública, a quase inexistência de segurança, o desordenamento da expansão urbana que cresce sem a observância das normas legais que disciplinam o uso do solo, o total descaso com a Guarda Municipal. Diante de todas essas mazelas ainda tem pessoas que falam em trazer outros forasteiros para o município – acrescenta o ex-vereador.

Eleições
          Parece prematuro se falar em eleição para vereadores e prefeito quando ainda faltam três anos para as próximas eleições. Se formos coerentes e sensatos teremos que ter bastante critério na escolha de candidatos nas próximas eleições municipais. E olhe que nos bastidores da política a movimentação já é grande nos apoios que os pretensos candidatos da casa estão ensaiando aos possíveis futuros senadores e deputados. Isto significa a esperança de uma provável retribuição na hora do “vamos ver” doméstico. Por estes ensaios já se pode vislumbrar alguns nomes como pleiteantes da cadeira maior – os tradicionais e alguns novos. De uma coisa temos que concordar com Paulino Lopes em sua postagem no mural do realdeodorense: “Basta, temos que votar para prefeito em deodorenses ou pessoas radicadas em nossa cidade, que respeitem e tenham identidade com o povo. Que sejam pessoas íntegras, honestas e não respondam a processos de improbidade ou a qualquer outro tipo de ilícito. Assim agindo teremos uma chance de mudar os rumos de Marechal Deodoro, para melhor”.

Mudanças Radicais
          Trocaram a gerência do galinheiro! Tiraram a raposa para colocar a jaguatirica. Oba!!!

Menos Educação
Créditos da Foto: Sandro Quintela 
          Para os dirigentes da primeira capital de Alagoas, Marechal Deodoro, a educação não parece ter muito valor. Não bastasse a péssima qualidade no ensino pela falta de reciclagem e qualificação profissional do corpo docente e insuficiência do material didático, das deficientes condições nos espaços físicos (escolas e grupos), da inqualificável qualidade da merenda escolar, agora falta também o transporte. Motivo: falta de combustível. Talvez a justificativa seja por estarem abastecendo os ônibus em Maceió. Será que nos postos de Marechal Deodoro o combustível é mais caro, ou a qualidade do combustível é pior?

OPINIÃO

Finados

          Possivelmente serei muito criticado por muitos, mas não poderia deixar de ser sincero e externar meu ponto de vista com relação ao dia dedicado pela Igreja, e acolhido pelos comerciantes, aos que já partiram deste mundo. Antes de tecer meus comentários, peço minhas desculpas, principalmente a minha querida mãezinha que, de onde estiver, deverá estar me condenando por esta opinião.

          Em se considerando que ao passarmos deste plano para outro, passamos de vil matéria para o imortal espírito, deveríamos estar voltando nosso pensamento, dedicando nossas orações ao espírito que tem grandes chances de não ter fixada sua morada num cemitério. 
         E por qual motivo temos que ir a um local onde possivelmente dos nossos entes queridos que se foram só restam retraços de matéria putrefata, quando ainda existem.
          O mais lógico e coerente seria se pudéssemos cremar os que partem como já acontece em outros centros. Transformar os restos mortais das pessoas que mais estimamos em vida em cinzas, além de salutar, possibilitaria que cultuássemos, em finados, a sua memória em casa, num templo ou em qualquer outro lugar e da forma mais saudável que escolhêssemos. Não em um cemitério.
          Aliás, os cemitérios e os enterros se transformaram em um grande negócio, e em dias de finados estão sendo transformados numa grande feira onde se negociam com preços extorsivos as flores e outros apetrechos que foram sendo impostos como símbolos do culto aos mortos. Hoje a prática dos sepultamentos abarrotam os bolsos de muitos que já disponibilizam planos de venda antecipada de túmulos e cerimoniais.
          Por tudo não cultuo os cemitérios, mas sim o espírito dos que partiram, pedindo a Deus que os acolha.

Paulo Placido