Para que Universidade?
Pouco adianta ter universidades de primeiro mundo
se a base de nosso ensino, o fundamental ou básico nas escolas públicas forem de
péssima qualidade. Quem mais necessita de formação pública fica marginalizado e
sem chances reais de ser admitido nas melhores universidades públicas ou
particulares, e consequentemente, tolhido de aproveitar os mais conceituados
cursos superiores, que oferecem alguma vantagem no currículo para vida
profissional.
O ensino público brasileiro se apresenta com
conjunto de professores desmotivados pelos baixos salários, pela falta de
estrutura didática e inexistência de reciclagem profissional. Os alunos,
por sua vez, se encontram em total desinteresse pelas dificuldades familiares, pelo
aprendizado prejudicado pelo despreparo dos professores, pelo obsoleto sistema
de ensino, sucateamento das instalações, ultrapassados equipamentos didáticos a
sua disposição e pela excessiva quantidade de alunos nas salas de aula em
função da preocupação única dos gestores públicos em obter tão somente dados
estatísticos quantitativos e nunca qualitativos.
A era do giz, do apagador, dos quadros negros,
cadeiras e mesas para sentar administrados por professores desatualizados e
despreparados está em total anacronismo com os avanços tecnológicos dos dias
atuais e não são capazes de satisfazer os anseios da juventude. Estamos vivendo
a era da internet, da TV, da informática,
todos focados no desenvolvimento intelectual e técnico dos seres humanos. Os
professores devem ter a sua disposição amplo arsenal didático dos dias atuais e
assumir o papel, em sala de aula, de orientadores facilitando o processamento das
informações disponíveis pela informática e meios de comunicação.
Aulas bem planejadas e interpretadas por profissionais
da arte cênica, aliadas a amplo material visual, atuam de forma objetiva e
eficiente na construção do conhecimento da criança e do jovem adolescente,
preparando-o para o enfrentamento da realidade tecnológica e social dos nossos
dias. Aos professores cabe o papel de necessários orientadores conduzindo as
informações e tirando possíveis dúvidas que possam surgir entre o alunado.
Em face da imaturidade inerente à criança e ao adolescente,
poder-se-ia também aproveitar sua natural curiosidade canalizando-a para uma identificação
de suas aptidões, direcionando-os para o enfrentamento de uma realidade futura no
dia a dia de suas vidas. Possivelmente seguindo esta trilha no rumo da educação
a população mais carente possa ter maiores chances de sucesso profissional com
capacidade competitiva com os alunos privilegiados e mais abastados.
Paulo Placido
Paulo Placido
Nenhum comentário:
Postar um comentário