OPINIÃO

OPINIÃO

Triste realidade: Marina Silva empurrou Aécio Neves para o terceiro lugar, fora do segundo turno, e Aécio faz tudo para derrubar Marina. Acredito que o momento não é discutir quem é melhor ou pior entre Aécio e Marina. O momento, pelo sentimento das classes politizadas, é ter os pés no chão para traçar a estratégia mais coerente para derrubar de vez a Dilma e o PT. Concordo que o foco está sendo perdido e com isso a Dilma, que com seus asseclas sabem muito bem articular uma campanha, pode muito bem tirar proveito dessa briguinha e se sair bem.

É de sentir pena dos que ainda quebram lanças pelo PT. De ridículos passaram a patéticos. Algumas dezenas de ex-petistas engajados e militantes por décadas hoje nutrem ódio e indignação com o partido e principalmente com Lula e Dilma. Sobre os que ainda os apóiam sem se locupletarem com a situação dizem que só os idiotas ingênuos permaneceram fiéis.

O Foro de São Paulo

A idéia do Foro de São Paulo surgiu em julho de 1990, durante uma visita feita por Fidel Castro a Lula em São Bernardo do Campo e foi formalizada quando 48 organizações, partidos e frentes de esquerda da América Latina e do Caribe, atendendo a convite do Partido dos Trabalhadores, reuniram-se na cidade de São Paulo visando debater a nova conjuntura internacional.

Hoje agrega mais de 100 partidos social-democratas, organizações comunitárias, sindicais e sociais ligados à esquerda católica, grupos étnicos e ambientalistas, organizações nacionalistas, partidos comunistas e até mesmo grupos guerrilheiros, como as FARC.  Os objetivos iniciais do FSP (Declaração de São Paulo) afirmam a solidariedade à Revolução Cubana de esquerda e à Revolução Sandinista de esquerda e apoiou as tentativas de desmilitarização e de solução política da guerra civil de El Salvador, além de se solidarizar com os povos andinos. Seus adeptos não estão mortos. Muito pelo contrário, estão vivos e, pelo que se tem notícia articulando reações ao momento atual e aguardando apenas o resultado das eleições.

Mural do Real

O mural de recados do site realdeodorense.com.br passou a ser um espaço repleto de divertimentos. Tornou-se cômico pelas inócuas reclamações, denúncias e lamúrias, sem falar nos xingamentos ao prefeito e sua equipe, em especial aos assessores diretos na educação e saúde.

Depois da oficialização das denúncias e primeiros resultados de investigação pelo MP sobre possíveis irregularidades da gestão de Cristiano Matheus, não mais se encontram os poucos que ainda defendiam a gestão municipal numa tentativa de tentar contrabalançar a enxurrada de acusações praticamente dirigidas exclusivamente ao intocável e blindado prefeito. Agora os recados estão que nem o samba de uma nota só.

Quem diria

A política deodorense, como toda boa política, se adequou ao momento e, como camaleões, os petistas, ferrenhos adversários do PMDB do Cristiano e do Renan, além do PTB de Collor, hoje estão de braços dados com esses senhores até bem pouco tempo considerados (por eles) os cânceres da política nacional.

O que aconteceu? Cristiano, Renan, Collor e Cia quase ilimitada se arrependeram e se converteram aos bons costumes e ideais políticos nacionais? Ou será que os petistas se renderam às pressões e se nivelaram aos corruptos de bem pouco tempo atrás? Qual a razão do silencio sepulcral sobre o momento que estamos vivendo na primeira capital do Estado?

Violência

Aproximadamente 70 mil brasileiros morrem assassinados por ano e que tudo o que o governo faz é desarmar ainda mais a população deixando-a impotente e sem reação. Será que desta forma houve redução das mortes por armas de fogo ou, pela certeza de não existir reação os bandidos estão mais afoitos? Hoje se assalta até com armas de brinquedos ou de madeira com canos plásticos. O que ocorre é que o cidadão de bem está atrás das grades de suas casas ou estabelecimentos comerciais e os bandidos soltos livremente. O número de armas nas mãos da criminalidade não parece reduzir com o desarmamento e hoje se compra ou até se aluga uma arma com a maior facilidade. Onde iremos parar com a população desarmada e uma policia inoperante?

AS ELEIÇÕES 2014

A dança dos candidatos

Em menos de duas semanas como candidata oficial à Presidência da República, Marina (PSB) ameaça o favoritismo de Dilma e Aécio. Ela deixou para trás Aécio Neves (PSDB) e alcançou a presidente Dilma (PT). Agora aparece como favorita também para superar a petista no 2º turno.

Pesquisa Presidencial Datafolha - 29/Ago/2014

Agora, a até bem pouco tempo gata borralheira, esquecida e ignorada, está sendo apontada como autora de vários crimes, como o de viajar em avião de obscura propriedade, ser vaidosa e tingir seus cabelos para aparentar mais jovem ou ainda o mais grave crime de ser sonhadora e de imaginar um país socialmente justo. É acusada de ligações com esse ou aquele político que não é de seu partido, mesmo que sejam pessoas capazes, ou de não ter uma base política, o que a torna incapaz de governar. E, pasmem, agora já dizem os petistas que ela, se eleita vai ser um segundo Collor, esquecendo eles que o senador é hoje seu aliado. Falácias, falácias, que remontam outra campanha recente onde as muitas mentiras foram engendradas para tentar derrubar o adversário... e com êxito.

Heloísa/Marina

Heloísa Helena (PSOL), sobre a sua relação com Marina Silva, presidenciável do PSB é inegavelmente muito próxima. Mesmo respeitando Luciana Genro (candidata à Presidência pelo PSOL) e os correligionários a quem deve consulta, HH não nega que gostaria de estar envolvida inteiramente com a candidatura de Marina. Com este ponto de vista, a vereadora deverá ter mais problemas com o próprio partido.

Preferências Alagoanas

 

 Segundo a pesquisa realizada entre 29/08 e 02/09 o candidato Renan Filho (PSDB) subiu de 38 para 40 pontos percentuais, mas a diferença para o segundo lugar, Biu de Lira (PP), caiu. Antes Biu tinha 22% e agora aparece com 27%. Na simulação para um eventual 2º turno, Renan cai de 48% para 47% enquanto Biu sobe de 27% para 32%.

Na mesma pesquisa Dilma(PT) reduziu de 51% para 42% nas intenções de voto. Marina Silva (PSB) aparece com 36%. No  2º turno Dilma fica com 46% e Marina com 45%. Na simulação entre Dilma e Aécio (PSDB) a atual presidente tem  54% Aécio fica com 30%.

A Pesquisa Exatta foi registrada no TER-AL sob nº 09/2014 e no TSE – nº 525/2014.

Infidelidade

Parece que essa questão de infidelidade partidária está se revelando uma prática em evidência no país. Outro alagoano que nega a orientação de seu partido escolhendo outro candidato é o senador Collor (PTB). Ele já tem deixado claro que está mesmo é com Dilma Rousseff (PT). O mais interessante, até hilário, é que os até bem pouco tempo adversários, quase inimigos, hoje estão de braços dados.

Quem perde nesse imbróglio é o tucano Aécio Neves e evidencia mais uma vez a tese de que o valor está nas pessoas e não nos partidos.

Humor inconveniente

www1.folha.uol.com.br

O candidato Aécio Neves (PSDB) foi forçado a suspender uma caminhada que faria em Santos, no litoral paulista, ao lado do candidato a reeleição ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, por conta dos tumultos causados pelos humoristas do Pânico (Band) e de um programa da Rede TV. Os humoristas levaram seguranças para tentar impedir o acesso de outros colegas ao candidato. Aécio ainda se posicionou para dar uma entrevista coletiva, mas só conseguiu responder a três perguntas, tendo que se ausentar em menos de trinta minutos para evitar um tumulto maior.  

OS PRESIDENCIÁVEIS

AÉCIO

Aécio Neves da Cunha, como Dilma, é também mineiro. Advogado, economista e parlamentar por mais de 30 anos é neto do presidente Tancredo Neves (1910-1985). Aécio iniciou na política aos 23 anos, como secretário particular de Tancredo, então governador de Minas Gerais. Em 1986, elegeu-se deputado federal pelo PMDB. Dois anos depois se filiou ao PSDB e se reelegeu três vezes consecutivas para a Câmara dos Deputados. Foi eleito governador de Minas Gerais por dois mandatos, de 2003 a 2010. Em seguida, elegeu-se para o Senado.

Como candidato a presidência vinha aparecendo como o segundo na preferência popular e ainda tem um eleitorado considerado importante para enfrentar a candidata do PT. Ciente que precisa da aliança com Marina para o enfrentamento num possível segundo turno, chegou a lançar um slogan: “se não quiser votar no Aécio vote na Marina”.

MARINA

Natural de Rio Branco, foi doméstica e se alfabetizou pelo antigo Mobral, vindo a se formar em história pela Universidade Federal do Acre. Por influência da Teologia da Libertação, passou a defender veementemente a justiça social. Foi companheira de Chico Mendes na resistência contra o desmatamento e na fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Acre. Vereadora mais votada de Rio Branco em 1987 pelo PT, e ainda deputada estadual e senadora, posteriormente sendo nomeada ministra do Meio Ambiente no governo Lula. Pelas divergências com a então ministra Dilma Rousseff, deixou o PT.

Na campanha para presidência em 2010, já no PV, ficou em terceiro lugar, depois de Dilma e Serra. Fora do PV, por sua proximidade com o PT, tentou criar a própria legenda, a Rede Sustentabilidade e teve o registro negado pelo TSE em 2013. Marina foi então forçada a procurar outro partido para disputar um cargo eletivo nas eleições de 2014.

Ao lado de Eduardo Campos, no PSB, foi confirmada como candidata a vice. Com a inesperada morte de Campos, Marina passou a encabeçar a chapa e, pelos recentes dados, sua candidatura vem se mostrando fortalecida causando um verdadeiro reboliço na campanha. Seus adversários, se sentindo ameaçados, disparam rajadas de fatos, factoides e suposições que desqualificariam, diante do eleitor, a capacidade de governar de Marina.

 DILMA

Dilma Vana Rousseff, nascida em Belo Horizonte, aderiu cedo à militância política e integrou grupos de combate à ditadura. Fez parte do Colina (Comando de Libertação Nacional), que se fundiu à VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), dando origem à VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares).

Aos 19 anos, foi presa em São Paulo e cumpriu quase três anos de prisão. Ela foi solta em 1972. Posteriormente, pediu indenização ao estado. Depois de libertada, em Porto Alegre, se formou em economia na UFRS. Ajudou a fundar o PDT no Rio Grande do Sul. Para presidente, em 1989, fez campanha para Leonel Brizola. No segundo turno, apoiou Lula. Rompeu com o PDT e, em 2001, filiou-se ao PT.

Com a eleição de Lula em 2003, assumiu o Ministério de Minas e Energia. Em 2005, quando José Dirceu deixou a Casa Civil, Dilma assumiu a pasta. Em 2010, elegeu-se presidente da República, derrotando o tucano José Serra no segundo turno.